Imprensa

Quimioterapia contribui para aumentar os índices de cura de câncer

21/05/2014 às 10:26

Quimioterapia contribui para aumentar os índices de cura de câncer

A Fabricia, uma das personagens que o doutor Drauzio Varella vem acompanhando na série sobre câncer de mama, vai começar uma etapa difícil no tratamento: a quimioterapia. A quimioterapia pode assustar as mulheres, mas vem contribuindo decisivamente para aumentar os índices de cura e diminuir a probabilidade de grandes mutilações cirúrgicas.

Receber o diagnóstico de câncer de mama provoca uma reviravolta na vida de uma mulher, mas depois dessa notícia é hora de encarar a realidade e pensar no tratamento.

Fabricia é professora, solteira, sem filhos. Mora com a irmã. Acabou de receber o diagnóstico de câncer. Ela tem 37 anos. Casos de câncer de mama em mulheres mais jovens, abaixo de 40 anos, têm sido cada vez mais comuns.

“É um tumor que, pelo tamanho, onde nós encontramos agora, no momento ele é grave. Nós corremos contra o tempo porque, assim, as células não param, as células continuam se multiplicando”, explica a médica Maria Marta Martins.

As células do nosso corpo contêm um núcleo onde está enrolada a molécula de DNA, responsável pelas características genéticas que herdamos de nossos pais. É o DNA que controla a divisão celular, para garantir que as células-filhas sejam idênticas às que lhe deram origem. Esse processo de multiplicação celular acontece milhões de vezes a cada minuto. O mecanismo é tão bem controlado pelos genes que raramente se forma uma célula defeituosa capaz de sobreviver. Quando isso acontece, dizemos que ocorreu uma mutação. Geralmente, a célula mutante é eliminada sem causar problemas. Quando ela sobrevive e se multiplica por conta própria, de forma descontrolada, dizemos que se tornou maligna. Um câncer.

A fama de agressividade da quimioterapia vem do passado, quando as drogas eram mais tóxicas e menos conhecidas. De todas as etapas do tratamento, a quimioterapia é a que mais medo provoca nas mulheres. Hoje as drogas são mais eficazes. Os efeitos colaterais são menos intensos e mais fáceis de controlar. A quimioterapia contribui decisivamente para aumentar os índices de cura e diminuir a probabilidade de grandes mutilações cirúrgicas.

Quando vemos alguém durante a quimioterapia, parece que a pessoa está apenas tomando um soro. Mas nesse líquido estão dissolvidos os remédios. No caso do câncer de mama, há mais de dez medicamentos que podem ser usados isoladamente ou em combinação de duas ou três drogas.
A quimioterapia é especialmente tóxica para células que se mutiplicam mais depressa, como é o caso das malignas e também de muitas células normais como as do sangue, das mucosas e da raiz dos pelos. A diferença é que as células normais se recuperam, enquanto as malignas morrem.

Fabricia vai fazer um intervalo de 21 dias entre cada sessão necessários para que as células se recuperem.
As náuseas e os vômitos surgem como uma tentativa que o organismo faz para eliminar as drogas que cairam na circulação.

Três dias depois da primeira sessão de quimioterapia, Fabricia decide cortar o cabelo. “Na hora que você vai tomar banho você sente aquele fio caindo. Você passa a mão e você vê que o cabelo já vem, então dá uma sensação estranha”, diz.

A filosofia da quimioterapia feita antes da cirurgia a gente deixa para fazer tumores maiores. É fazer o tumor regredir. O tumor regredindo a cirurgia se torna mais fácil e ele regride.

Fabricia trabalha como professora de ensino fundamental em uma escola há cinco anos, onde ela estudou a vida inteira.

Fonte: G1

e-box - Sitevip InternetSitevip Internet