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Mães resignam à vida para ajudar os filhos na luta contra o câncer

12/05/2014 às 17:35

Mães resignam à vida para ajudar os filhos na luta contra o câncer

 “Se ser mãe quando tudo está bem, já não é tarefa fácil. Ser mãe quando seu filho tem câncer é ainda mais difícil. Você precisa ser uma supermãe”, é assim que Renata Freitas, 34 anos, descreve o seu papel há oito meses. Ela é mãe do pequeno Josué Freitas, 3 anos, que há quase um ano foi diagnosticado com leucemia.
“Quando eu descobri, tive que abandonar tudo, meu trabalho, meus outros dois filhos e minha família para acompanhar o Josué.”
Moradora de Rondonópolis (220 quilômetros de Cuiabá), Renata vai em casa de uma a duas vezes ao mês. O resto dos dias ela passa com o pequeno Josué aqui em Cuiabá para passar por tratamento para vencer o câncer.
Como já dizia o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, “Mãe não tem limite, é tempo sem hora…” Essa é a descrição para milhares de mães em todo o país. As supermães, que por amor aos filhos costumam se anular. Mães que quando descobrem a doença de seus filhos, não medem esforços para lutar por eles. Abandonam tudo, casa, amigos, familiares, mas não abandonam a fé em ver seus filhos curados.
“Hoje quando olho para ele, e vejo a melhora que ele teve, eu tenho certeza de que todo esforço valeu muito a pena, e mesmo que não tivesse valido, eu faria tudo outra vez”, disse Rosineide Silva de 34 anos.
Há três anos ela recebeu a notícia do médico que seu filho, Kelvin Silva, á época com 10 anos, sofria leucemia.
“De lá para cá, minha vida mudou completamente. Deixei meu esposo, meu outro filho e mergulhei na luta junto com o meu filho”, afirmou emocionada.
Maria da Penha de 39 anos, também é mais uma supermãe que vive há cinco anos o drama da luta contra o câncer de seu filho Paulo Henrique, 12. “Foi muito difícil aceitar. Mas decidi que precisava ser forte o suficiente para ajudá-lo a carregar o fardo”.
De comum a todas essas mães guerreiras é a fé e a força de vontade em lutar pela a vida de seus filhos não importando o tempo que será necessário e nem mesmo as condições em que terá que ficar. “Hoje eu sei que ser mãe é isso. É não se importar com nada além da saúde de seus filhos, é passar pela dificuldade e ainda assim sorrir e ter fé, acreditar que o amanhã será melhor”, disse Penha.

Fonte: Folha do Estado

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