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Prevenção é a principal arma contra o surgimento de câncer

27/11/2013 às 09:05

Prevenção é a principal arma contra o surgimento de câncer

 Muitos encaram como uma fatalidade, sentença de morte, ou doença de nome impronunciável. Mas o que nem todo mundo sabe é que pode-se, sim, prevenir um câncer. E essa conscientização ganha ainda mais força hoje, Dia Nacional de Combate ao Câncer.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam que 80% dos casos podem não ocorrer se a pessoa mantiver hábitos de vida mais saudáveis. “Somente 10% dos casos são hereditários. Os outros 90% são de predisposição genética que podem ou não se desenvolver, de acordo com fatores ambientais”, explica o oncologista Sandro Márcio Salim Lana, sócio do Cetus – Hospital Dia, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Banir o fumo é a primeira recomendação quando o assunto é prevenção de tumores. “O cigarro está relacionado a 80% dos casos de câncer de pulmão e a um terço dos demais cânceres”, comenta Lana. Já a obesidade está relacionada ao câncer de mama e de ovário. Assim, atividade física, alimentação balanceada e controle de peso são ótimos aliados. Outro fator importante é a vacinação contra o HPV, doença que pode evoluir para um tumor no colo do útero e no pênis. A higiene íntima é o principal fator de prevenção para os homens. E, para prevenir a pele de tumores malignos, a arma é usar diariamente o filtro solar.

Surpresas. Entretanto, mesmo quem adota um estilo de vida saudável está sujeito a um diagnóstico desfavorável. “Ninguém sabe exatamente por que foi acometido por uma doença”, afirma a psicanalista Maria Helena Libório Barbosa Mello, que atende pacientes com câncer. “Todo mundo vai morrer de alguma coisa, o que não significa que a pessoa não se cuida”.

Em 2011, época em que amamentava seu terceiro filho, ela descobriu um câncer de mama. “Eu estava um pouco acima do peso porque tinha acabado de ter um filho, mas me alimentava bem, nunca fumei, não bebo, nem tenho histórico de câncer na família”, conta. Ela acredita que os médicos subestimam os casos em pessoas mais novas. “Na primeira consulta, minha médica nem fez uma punção (retirada de pequena porção de tecido). Disse que não era nada, pois eu não estava na idade para um câncer”, revela.

“A medicina trabalha de acordo com um modelo norte-americano, que julga ter controle de tudo. As estatísticas são importantes, mas muitos outros fatores contam no acometimento do estar doente. Não é do câncer que eu tenho que cuidar, é do sujeito doente”, afirma a psicanalista.

Fonte: O Tempo

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