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Câncer infantil - Diagnóstico precoce aumenta chances de cura.

12/03/2013 às 15:37

Câncer infantil - Diagnóstico precoce aumenta chances de cura.

Todos os anos, cerca de nove mil casos de câncer infantil são detectados no Brasil. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e apontam que a doença já representa a segunda causa de mortalidade proporcional entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. A boa notícia é que, aliado ao tratamento, o diagnóstico precoce representa a principal arma contra a doença e permite índices de cura que chegam a 90%. Mas, como saber se uma criança ou adolescente apresenta sintomas da doença?

Diferentemente do câncer de adulto, o câncer da criança geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação.

Conforme Wolney de Oliveira Taques, médico especialista em Cancerologia Pediátrica, a atenção dos pais e também dos profissionais da área de saúde quanto aos sinais e sintomas de uma criança é primordial para um tratamento bem-sucedido. “O diagnóstico precoce de câncer em qualquer idade aumenta a chance de cura. Em alguns cânceres, como, por exemplo, o Linfoma de Hodgkin em estágio I, a possibilidade de cura é de até 90% . No entanto, existem cânceres da infância de pior prognóstico como o Neuroblastoma, que no caso de uma detecção tardia em que a doença está avançada em estádio IV, as chances de cura caem para menos de 20%”, explica.

TRATAMENTO > No caso de os pais ou responsáveis detectarem algum sinal ou sintoma, a orientação de especialistas é que um médico seja procurado para uma avaliação clínica e exames complementares pertinentes. “Em caso de suspeita de câncer infantil, o médico encaminhará o paciente para um serviço especializado em tratamento onde serão feitos diversos exames para confirmação”, explica o médico. Devido a sua complexidade, o tratamento do câncer deve ser feito em centro especializado, onde os pacientes são submetidos, de acordo com diagnóstico e estágio da doença, ao tratamento por quimioterapia, radioterapia e cirurgia, podendo ser usada uma das modalidades isolada ou associada.

APOIO FAMILIAR > Tão importante quanto o tratamento do câncer em si, é a atenção dada aos aspectos sociais da doença, uma vez que a criança e o adolescente doentes devem receber atenção integral, no seu contexto familiar. A cura não deve se basear somente na recuperação biológica, mas também no bem-estar e na qualidade de vida do paciente.
Neste sentido, não deve faltar ao paciente e à sua família, desde o início do tratamento, o suporte psicossocial.

Em Cuiabá, por exemplo, onde existem três centros de alta complexidade para o tratamento de câncer (Hospital Geral, Santa Casa e Hospital de Câncer), sendo dois para crianças e adolescentes, as famílias recebem esclarecimento adequado a respeito do diagnóstico da doença e de sua gravidade. A partir de então, elas passam a vencer a primeira barreira que é a aceitação, para em seguida iniciar a terapia adequada com base em protocolos . “Por se tratar de um tratamento em longo prazo, é essencial que a família tenha estabilidade emocional e muitas vezes auxílio social para que nada interrompa este processo”, finaliza Wolney de Oliveira Taques.

ACEITAÇÃO > Nenhum pai ou mãe, por mais forte que possa parecer, está preparado para receber a notícia de que seu filho está com câncer. Mas, saber aceitar esta condição pode fazer a diferença. A jovem Jucélia Salvário da Silva, 24 anos, está passando por este difícil processo de aceitação, já que recentemente descobriu que o filho, Lázaro Henrique, de 1 ano e 11 meses, está com leucemia. “Ainda não consigo acreditar. Penso que a qualquer momento vou acordar de um pesadelo”, revela.

Ela conta que o menino começou a apresentar febre e palidez numa manhã de domingo e que em menos de 24 horas procurou por atendimento médico. Em apenas um dia, a criança passou por dois médicos, em dois hospitais diferentes, fez alguns exames e acabou internada. Neste meio tempo, Jucélia descobriu de uma maneira chocante que o filho estava com câncer. “O chão sumiu sob meus pés”.

Lázaro foi encaminhado direto ao Hospital de Câncer de Cuiabá, onde a suspeita do pediatra se confirmou. O diagnóstico: leucemia lifocítica aguda. “É um golpe muito forte. Na verdade é desesperador, mas se trata de uma realidade que precisa ser enfrentada com força e fé”, revela a mãe.

O pequeno Lázaro está abrigado junto de sua mãe na casa de apoio da Associação de Amigos da Criança com Câncer de Mato Grosso (AACC-MT).

O diagnóstico precoce, neste caso, fez toda a diferença. “Graças a Deus descobrimos a doença logo no início. Tenho muita fé que meu filho será curado e poderá crescer e me dar muitas alegrias”, finaliza Jucélia.

http://rdmonline.com.br/TNX/conteudo.php?sid=52&cid=5014

Fonte: Assessoria de imprensa da AACC-MT

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