27/11/2011 às 20:32
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso (SES/MT), é responsabilidade de Cuiabá cuidar de casos de câncer infantil, pois é o município que detêm a rede de serviços oncológicos do primeiro acolhimento aos tratamentos de alta complexidade. Com a ausência de médicos oncologistas especializados em ortopedia e neurocirurgia infantil na rede SUS, o acesso a saúde se tornou um impasse já que a grande quantidade de liminares obrigando o cumprimento de dever não despertou gestores para essa necessidade.
A Secretaria de Saúde de Cuiabá foi procurada diversas vezes por meio da assessoria de imprensa, mas não deu respostas com relação a falta de médicos oncologistas pediátricos especializados. Casos como o de Agnon Silva, 12, que há três anos descobriu depois de uma queda que tem um tumor na célula gigante do osso, no fêmur direito, ainda está sem solução. A mãe, Ana Paula Silva, 28, afirma que esgotou todos os meios de conseguir atendimento público em Mato Grosso, e sofre ao saber que existe médico especializado na patologia do filho atuando na capital, só que atendendo em consultório privado.
“São anos vagando por hospitais públicos de Cuiabá procurando um médico para realizar a cirurgia. O único jeito, mesmo sem condições financeiras, foi conseguir uma vaga para Tratamento Fora de Domicilio (TFD) e ir para outro Estado”, conta Ana Paula. A mãe está aguardando uma resposta da Secretária de Saúde de Tocantins/TO, que também transferiu a possibilidade de realizar a cirurgia para Goiás/GO até o final deste ano. Antes de fazer a cirurgia, por conta das dores e da fragilidade da perna, Agnon não pode ir à escola e não consegue levar uma vida normal, como um garoto da sua idade.
Foto: Pronto Socorro de Cuiabá/Fonte: Secom-MT
Fonte: Ana Paula Ribeiro